Jul 3, 2009

Se isso aconteceu por fora, imaginem por dentro
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http://www.youtube.com/watch?v=3wP1BjE3SYc&eurl=http%3A%2F%2Fwww%2Erodrigovianna%2Ecom%2Ebr%2Fpalavra%2Dminha%2Fmichael%2De%2Da%2Dmoca%2Dde%2Dparis%2Ddor%2Dda%2Dgente%2Dnao%2Dsai%2Dno%2Djornal&feature=player_embedded
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Errou na dose
Errou no amor
Joana errou de joão
Ninguém notou
Ninguém morou na dor que era o seu mal
A dor da gente não sai no jornal
(Haroldo Barbosa e Luis Reis)
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Agora, o que só sai no jornal,
são as dores de Michael.
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Como bem questionou Rodrigo Vianna,
e as dores de todos nós?

Jul 2, 2009

DIARIAMENTE

Para os apaixonados por fotos: Vlad Artazov.
Para ouvir uma música diferente: Móveis Coloniais de Acaju.
Para escolha de um bom filme: O Leitor.

Uma boa balada pra essa noite, meu cobertor.

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Jul 1, 2009

Tenho aproveitado muito esse tempo de seca.

Seca no sentido de escassez. Não de homens, mas de homens que prestam. Tem homem transbordando pelas tampas. Tem homem feio, bonito, rico, podre, roqueiro, mauricinho, pagodeiro, careta. Tem de tudo na minha lista ultrapassada de brotos e possíveis brotos. Mas observando essa lista assumo: daqui sinceramente não salva nenhum. Acho que tenho problemas. (Até porque, se vejo que o cara é muito legal e vale a pena ter ao lado, puxo pelo braço, trago ele pra perto e viro amiga. Quero ele do meu lado pra sempre. Tem coisa melhor que a amizade? Se bem que já to achando que tenho que parar com essa mania).

Fico me analisando e pensando, será que o problema está em mim? Sei que o comportamento das pessoas a nossa volta são reflexos do nosso, como já diria alguma teoria da psicologia que aprendi enquanto estudava jornalismo, ainda nos primeiros semestres. Então, logo atento que algum problema de fato existe em mim.

No final de semana na fazenda da minha amiga, láaaa pros lado de Uberaba-MG, me deparei com A Viagem. Posso obviamente está equivocada, como muitos já fizeram questão de dizer, mas esta questão não sai da minha cabeça.

Olhem só, superficialmente quem soy jo. 24 anos, estudante, mora de aluguel, veio lá da esquina do Brasil, não é daqui e nem sabe se veio pra ficar. É desligada, trabalha pra caramba, ta toda ai pra vida, não ta nem ai pra quem não liga, não corre atrás nem de borboleta avalie de homem, aceita viajar, ir embora, quer morar em outro país. É só arrumar a mala e sair. Não tenho carro nem prestação. Não tenho turma inseparável de faculdade, nem amigos de balada. Pra onde eu for, meus amigos e família vão comigo no coração. Só tenho isto e minha história.

Isto é superficialmente, fato! Quero sim minha casa, meu carro, uma raiz. Mas não é cedo? Que tal apenas uma poupança como fiz? Guardo dinheiro e ponto. Não preciso revender se for embora e é só doar se não quiser mais. É simples. Mas isto espelha minha interna inquietação.

E o que isto acarreta?

Quem ficaria com alguém assim levanta o braço? Ta bom, podem baixar (rs). A verdade é, todos temos esta inquietude e talvez até admiremos isto em nós. Você pode até pensar: putz, que bacana, que coragem, ela é jovem, vive a verdadeira FREEDOM. Mas, ao pensar em estar com alguém assim, a coisa muda de figura. Na prática, essa teorias se transformam em: ‘Vai que eu me apaixono.’ ;‘Vai que ela vai embora.’;‘Ela ta aqui por pouco tempo, veio pra curtir.’ ; ‘Ela só quer saber de festa.’; ‘A vida dela é uma diversão, quero me divertir também.’...e por aí vai. To falando isso baseada no que já tive que ouvir. Isso é muito sério. Até conseguir explicar que focinho de porco não é tomada...iiiiih, já pediram pra sair.

Minha dúvida é, decido pela estabilidade e vivo essa segurança em nome do ‘amor’, ou continuo nessa minha juventude desprendida, em respeito a minha inquietude?

Boa pergunta.

Jun 25, 2009

Lembrei da sensação que eu tinha quando estava na casa da minha vó.
Pequena, eu olhava muito na janela do quarto, aquele do canto esquerdo, que já tinha acolhido minha tia, meu irmão e agora minha prima. Era natal e eu viajava em pensamentos.
7º andar era alto, podia ver muito da cidade na época.
Eram poucos prédios, muitas casas grandes e um pequeno shopping de esquina, quase em frente a janela, que era nos fundos do apto. O shopping ainda tem.
A noite era linda lá. Escura pra caramba! O que brilhava mais, era as luzinhas dos aptos, as luzes de suas árvores e a decoração do shopping.
Parece que consigo sentir até o cheiro, não sei se vinha da cortina, mas tinha cheiro.
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Eu devia ser bem pequena e amava estar lá.
O corredor para o quarto da minha vó era cumprido, os quartos gigantes (que depois que cresci percebi não eram tão grandes assim), o mármore da varanda era frio, os sofás desenhados, a cadeira da cozinha era retrô (se ainda vivas seriam modernas), a mesa de jantar era de madeira escura e elegante, o espelho estava na sala, os retalhos do quarto de costura nos sacos e o taco em todo chão.
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Mas o que eu mais gostava era mesmo do natal.
A família na primeira sala, entregando o presente do amigo secreto, do afilhado, do filho e da vozinha. Rindo e brincando. Primos pequenos, tios grandes. Presentes divertidos, jantar especial com prato, talher e copo especial. Tudo era muito especial.
E tudo isto, dá muita saudade.

Jun 24, 2009

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Oswaldo Montenegro, minha trilha.
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Batendo pernas
Correr mundo afora
Vitrine do mundo
Lugares à mão
Ir onde seus olhos forem
Seguindo as palavras secretas do seu coração
Descer os rios da vida.
Pegar avenidas, escadas,
Ladeiras, metrôs
Conhecer tudo que é esquina
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Nas águas das linhas estreitas de um ferry-boat
Coração de um mundo inteiro
Um abraço estrangeiro e tão familiar
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Até se encontrar.
(...)

Jun 23, 2009

MVV
Passado a crise do ESCREVER OU NÃO ESCREVER, ou pelo menos, amenizado diante de avaliação da questão financeira mundial x mercado jornalístico, (se antes, com exceção da elite, jornalista já não tinha emprego, nem dinheiro, imagina agora...), vi que, ficou inviável a questão da auto-sustentação (água, luz, telefone, roupa, educação, etc.) com este tipo de profissão, pelo menos por enquanto. Eu agora decidi, vou viver Marketing e ponto, (também pelo menos por enquanto...rs). Vejam que beleza!

Em treinamento na
empresa hoje, relacionado a Recrutamento e Seleção, onde trabalhamos na formatação de alguns cargos, começamos estabelecendo algo basiquéeeerrimo, ensinado por nosso querido mestre Kotler no começo de sua bíblia, que é o MVV (para os que desconhecem, Missão (Razão de Existir), Visão (Onde quer chegar) e Valores (como vai fazer pra chegar lá)). Certo, beleza, toooda empresa que se preze, tem um MVV, isso é básico e imprescindível para termos consciência diária de onde queremos chegar e o que fazer pra conseguir este objetivo. O Plaza Inn tem isto, e eles fizeram questão de pregar em todos os hotéis, em vários departamentos e áreas comuns, contando com a aplicação constante destes, nas atitudes e comportamentos dos seus colaboradores, e o pior (melhor quero dizer), que isto vai pra mente mesmo e assombra (no melhor sentido da palavra), tudo que fazemos.


Bem, mas não é bem do Plaza Inn que quero falar...é mais que isto. A ‘brincadeira’ que fizemos neste treinamento depois de avaliar o MVV da Rede foi a grande sacada. Então vamos lá, que tal estabelecermos um MVV pras nossas vidas, com nosso “Onde queremos chegar”, nossa “Razão de Existir, objetivos” e nossos “como vamos chegar lá? No que acreditamos?”
Pare um pouco e tente estabelecer o seu. Que o meu sirva de exemplo:
Visão (Futuro): Ter conhecimento para compartilhar.
Missão (Agora): Buscar conhecimento nas coisas físicas e espirituais, lendo bons livros, fazendo viagens, me relacionando. Amando a Deus sobre todas as coisas, aberta as surpresas e oportunidades da vida e aplicando o conhecimento adquirido diariamente.
Valores: Sabedoria nos meus pensamentos e atitudes, liberdade de alma, humildade no tratamento, desprendimento para servir o próximo, lealdade para com os que me rodeiam e aprendizado constante.
(Por isto que eu quero marketing, porque ele organiza meus devaneios, meus sonhos e quem sou. Assim de forma simplória e muito prática.)
Agora pregue na porta do seu guarda-roupa, no banheiro, no Orkut, no seu blog. Pense todos os dias neles, e não deixe de reavaliá-lo e adequá-los sempre. Faz bem!
Mas, e o que esta brincadeira tem haver com recrutamento e seleção? Simples, grossamente falando, se o seu MVV ‘bate’ com o da empresa, provável que falarão a mesma língua e caminharão coladinhos para o crescimento da empresa, não é máximo?

Voltando pra área profissional, achei esse artigo, que me pareceu interessante num primeiro momento e que trata deste mesmo assunto.http://www.administradores.com.br/artigos/qual_e_sua_missao_visao_e_valores/23822/

Beijos!

Jun 21, 2009

Voltar a escrever.
É tanta história, tanta vida pra contar.
Essa inspiração sangrenta me mata, é só sentir jorrar um pouco de sangue do coração que corro pro blog. Ow diário gostoso. Sinto-me no divã, contando minhas peripécias, mas com algum receio por ele está na internet. E se eu escrevesse num diário de papel? Hoje não teria a menor graça, porque a graça é compartilhar. E já que o bolso não deixa que seja com o psicanalista para que eu receba os diagnósticos, se é que isto é realmente necessário, que seja com este mundo cibernético.
Estes dias fui a feira do livro aqui da cidade, sozinha no começo, rodei stand por stand. Curiosa e saudosista. Abri livros, conferi valores, li vários prefácios e alguns resumos. Lembrei da minha faculdade de jornalismo e morri de saudade. Parei no stand de livros relacionados a imprensa e quase me emocionei. Como eu amava ler, como eu amava escrever. Eu estava beirando ser ‘cult’.
Vendo aquelas livros de história, sobre o Tropicalismo, Ditadura Militar, Machado de Assis, me senti mal pelos livros ‘comerciais’ que carregava na bolsa ...mal mesmo. Pra onde vai tudo que faço? Para quem? Por quem? Pra que? Senti-me meio inútil. Trabalhando pro consumo. Gerando demanda. Criando necessidades que talvez você nem tenha. Fria e superficialmente falando, eu sou ruim. Olha onde eu me meti. Mas passou. Ao chegar no stand do SENAC, meu coração aliviou um pouco mais, olhei alguns livros de design, moda, vinho e culinária, voltei a realidade. Não sou tão ruim assim vai. Temos que me sustentar e tudo que eu quero é só que ao ir trabalhar em uma das cidades que temos hotel, você fique no nosso, ou que, você passe um fds com sua namorada em um dos nossos hotéis. Pensa, não é tão ruim é? Ai que crise. Tô no quarto e último ano de marketing, praticamente com o diploma na mão pensando, nossa, mas eu amo escrever. Por que trabalho com marketing?
Enfim, passei o fds pensando nisso. Tô levando minha vida erradamente, não to honrando meus sentimentos (adoro trabalhar com texto, amo quando são publicados ou qd os clientes elogiam), meus talentos (se é que tenho mesmo..rs), o que fazer?
Hoje a noite, depois do filme A Mulher Invisível, muito bem escrito por sinal, sentada no Pé de Açai, tomando um bom caldo verde com minha amiga Nani, que elogiava meus textos, tirei a conclusão: vou escrever! Que não seja pra ganhar dinheiro, que não seja pra ninguém ler, que não seja minha profissão. Mas, não posso mais me privar de escrever por conta do tempo que dedico a minha profissão e a faculdade ou por achar que não vai me levar a lugar algum. Gosto e ponto. Quero pensar em coisas diferentes, ler sobre coisas diferentes como na época que estudava jornalismo.
Ah! E quero recomeçar o curso de jornalismo também. =]